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sábado, 30 de julho de 2011

NA TERRA DO MARQUÊS

Mais um post para a série viagens. No início de 2011 voltei à Maceió, terra do Marquês. Tinha estado anteriormente por lá por motivos profissionais, há cerca de uns 5 anos. Espantei-me com o desenvolvimento da cidade que, segundo informações obtidas junto ao motorista de táxi que nos apanhou no aeroporto, já atinge cerca de 900 mil habitantes.

Quando estive por lá pela primeira vez havia me chamado a atenção a discrepância entre a pujança arquitetônica e econômica presente na orla em relação ao restante das áreas da cidade. Estas últimas eram formadas por casas, muitas vezes precárias, denotando a tão propalada desigualdade social existente no Brasil. Porém, agora se vêem construções de edifícios, limitados ao patamar máximo de 10 andares, por toda a cidade. Seria a classe média emergente ocupando o seu lugar.

Voltando à viagem em si, destaque para a parede de vidro no setor de restituição de bagagens do aeroporto de Maceió. Desta forma os turistas têm a possibilidade de acompanhar o trabalho daqueles que colocam suas malas nas esteiras rolantes, o que por si só leva aos mesmos ter um maior cuidado – algo que não pude usufruir quando da volta, em que perdi uma bela estatueta adquirida no Pavilhão do Artesanato, com sua cabeça esfacelada durante o retorno.

Em termos culinários destacaria como ponto alto os sorvetes, algo que eu nunca havia ouvido ninguém ressaltar como uma qualidade alagoana. Em todos os lugares em que pude me servir o sabor e a cremosidade eram inigualáveis, tendo como especialidade local o de tapioca. Este combinado com doce de leite e passas era a minha combinação imbatível de todo jantar.

Em relação aos passeios destacaram-se duas praias, uma no litoral norte e outra no litoral sul. Na praia de Ipioca tive a oportunidade de conhecer o quiosque Hibiscus, em que após comer um saboroso peixe – ir ao Nordeste e não comer frutos do mar é impossível! – fomos abençoados com uma cocada ao forno acompanhada de sorvete de tapioca. Recomendo. Na volta, um jovem casal de Niterói perguntou-me se eu era de lá, em função da camiseta da Academia a qual freqüento e que estava usando nesta ocasião. Niteroienses são como ácaro, estão em todo lugar. Descobrimos ainda nesse mesmo dia a versão oficial para o assassinato de PC Farias. Susana Marcolino teria se matado com dois tiros e depois atirado em PC. E ai de quem tentar provar o contrário!

Cocada ao forno com sorvete de tapioca

Fomos também à Praia do Gunga. No meio do caminho passamos pela Praia do Francês – que tem esse nome pela exploração francesa do Pau Brasil ocorrida naquela região – e pela Barra de São Miguel, de onde nos deslocamos para o Gunga por meio de um pequeno barco a motor, com direito a parada nos recifes e piscina de água natural. Nesta ocasião presenciamos um típico paulista urbano desacostumado com as coisas da natureza não ter coragem de colocar um simples ouriço na mão. Além disso, chamaram atenção as portentosas casas (no plural mesmo) de veraneio de Djavan e Thereza Collor, cada um deles com duas pelo menos, pouco utilizadas na maior parte do ano. Nesse mesmo dia estivemos frente a frente com uma das duas réplicas da Estátua da Liberdade produzidas pelo escultor original daquela que se encontra em Nova Iorque, localizada próxima à Praia da Avenida.

Estátua da Liberdade alagoana

Nos dois dias seguintes ficamos na praia de Jatiúca, cerca do hotel em que estávamos hospedados – Ritz Lagoa da Anta, com ótima infraestrutura, porém de diária salgada. Precisaria algumas correções em termo de segurança e iluminação, principalmente, para valer o preço estipulado. Como citado acima, fomos num desses dias comprar artesanato. Para tanto buscamos o Pavilhão, localizado na Praia de Pajuçara, em frente à feirinha que fica na orla. Esta última, porém destinada a turistas mais abonados, cobrando preços três vezes maiores do que aqueles que se encontram no Mercadão do Centro, este sim o ponto original e mais em conta de venda. Infelizmente não pudemos ir ao mesmo, pois no dia seguinte já partiríamos. Tivemos que ficar com a opção intermediária, então, que era o Pavilhão.

Enfim, Maceió apresentou-se como um ótimo destino para o descanso. Com dias a mais poderíamos ter ido ainda ao delta do Rio São Francisco, o que ficou para uma próxima vez. O povo é por demais hospitaleiro, apresentando-se sempre solícito para esclarecer dúvidas e ajudar aos turistas. Agora posso entender a postura de fidalgo que o Marquês possui. O Nordeste ainda me reserva algumas surpresas. Não conheço o Piauí, Paraíba e Sergipe. Devo dizer, porém, que no meu ranking pessoal, Porto Seguro, fora de época, continua imbatível, seguido de perto por Natal. 

sexta-feira, 22 de julho de 2011

AÉREO

Tive duas experiências distintas com a cidade de Buenos Aires: uma no inverno, em 2008, e outra no verão, agora recentemente, já em 2011. Ambas as ocasiões tive oportunidade de conhecer pontos turísticos da capital da Argentina: na primeira vez o Café Tortoni e o Obelisco – não posso dizer que conheci a Casa Rosada, uma vez que somente a vi por fora – além do obrigatório show de tango. Nesta segunda vez fui a Puerto Madero para ver com os meus próprios olhos o trabalho de recuperação de uma área antigamente degradada, sonho de 10 entre 10 cariocas para a sua própria área portuária.

Porém, desta última vez aconteceu algo que alguns de vocês poderiam me dizer que eu sou uma pessoa completamente desligada. Somente agora descobri que Buenos Aires possui dois aeroportos – Ezeiza, o mais conhecido e o principal hoje em dia, distante do centro da cidade, fator comprovado pela diferença na corrida de táxi – em torno de 120-150 pesos, e o Aeroparque, tal como se fora um Santos Dumont, mais próximo ao centro, margeando o Rio da Prata, cuja corrida custa em torno de 45-60 pesos.

Nesta segunda vez utilizei os serviços do Aeroparque. Tive relativa facilidade para realizar o câmbio, localizado logo após o free shop, assim como para contratar a corrida de táxi, cujos quiosques vêm logo na seqüencia. Também tive a oportunidade de voar pela Aerolíneas Argentinas. A julgar pelos comentários dos meus colegas de trabalho, que ao voar pela TAM foram agraciados com um filme durante o vôo – no caso “Comer, Rezar e Amar” (2010) – enquanto eu fiquei a ver navios (ou nuvens), ou melhor, a não ver nada. O pior é que no trecho de ida o banco não reclinava! Mas tudo bem, para quem acordou às 03h30 da madrugada, posição não foi dificuldade para dormir.

Devo confessar que ir à Argentina sempre me causa a sensação de estar pisando na terra do inimigo. Provavelmente isto deva ser debitado ao meu apego aos embates esportivos. Coincidentemente no meu retorno lá estava uma seleção Argentina de futebol das categorias inferiores – uma sub qualquer, creio que deve ser sub-17 – se preparando para embarcar. Olhava para eles e imaginava – “Lá estão mais alguns para nos infernizar”.

Agora se eu pensava isso, imaginem o que eles devem achar ao ver hordas de brasileiros invadirem a sua cidade mais querida. Para todo lugar que andava eram casais, famílias inteiras, grupo de amigos, que se reuniam para conhecer seus encantos. Tenho a impressão que se sentem incomodados, ainda mais pelo fato de que não podem prescindir de nossa presença em favor da movimentação de uma economia que não anda muito bem lá das pernas.

Um acontecimento pode retratar um pouco isto que vos relato: fui a um MacDonald’s para comer um lanche – já vejo alguns horrorizados falando “Mas e as cafeterias?” – que na hora do aperto sempre dá uma ajudinha para nos livrar da fome. Fiquei espantado, porém, pelo fato de que eles não servem milkshake na Argentina. A frase da atendente então foi sintomática: “Eu sei que é estranho, mas não é nosso hábito. Outros de vocês já falaram sobre isso conosco”. Perceberam, ela não falou “Outros brasileiros”, mas sim “Outros de vocês...”. O coração argentino sem dúvida é chegado a um tango!

Na primeira vez que fui aconteceu outro fato hilário. Chegando no hotel fui praticar meu espanhol na recepção. Enquanto isso, o recepcionista queria praticar o português dele comigo. E ficamos naquela cena meio non-sense, como se fora um filme de Buñuel, em que um brasileiro falava espanhol e um argentino falava português, ambos com certa dificuldade em se fazer entender.

Em meio ao  trajeto de retorno, agora em 2011, uma tormenta se aproximava e o motorista de táxi vaticinou categórico: “Tomara que vocês tenham sorte, pois normalmente fecham o aeroporto quando o tempo fica desse jeito”. O aeroporto não fechou, mas meu vôo atrasou duas horas, me fazendo dormir mal pela terceira noite seguida, uma vez que cheguei a minha casa somente às 03h00 da madrugada, com a sensação de alívio de quem chega a sua terra redobrada. Como doação aos argentinos deixei meu par de óculos, perdido numa corrida de táxi ao voltar de um jantar. Espero que dessa forma eles possam enxergar melhor que temos muito mais a ganhar juntos do que separados, mesmo que exista uma bola no meio!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O PROFETA

Profetas e poetas são bem próximos. Ambos se manifestam por meio do poder da palavra, o que esta pode provocar sentimentalmente em relação ao ouvinte ou leitor. Burilar a construção das seqüências de modo a que estas produzam um torvelinho de pensamentos e emoções são os melhores qualificativos para estes especialistas na arte de projetar cenários por meio de metáforas.

Poderia se dizer que ambos surgiram juntos. Mas será que a relação direta se dá na mesma magnitude, ou seja, um profeta necessariamente é um poeta? E um poeta é necessariamente um profeta? Diria para vocês que todo profeta é um poeta, pois as qualidades que este último apresenta, todas elas aquele primeiro detém, multiplicadas pela capacidade de hipnotizar multidões, no bom sentido da palavra, fazendo com que estas se sintam tocadas a ponto de alterar de atitude e visão sobre suas próprias vidas.

Já o poeta tem ambições mais modestas. Muitos se satisfazem se apenas puderem externar para si próprios seus sentimentos mais secretos. Eles não necessariamente têm a intenção de mover céus e terras, o que dirá gerar seguidores. Claro que existem suas exceções nos dois grupos, mas em geral creio que seja esta a sua relação para com o seu propósito de vida.

Existe ainda um aspecto que faz com que os profetas alcancem um nível, digamos, sensorial, mais elevado. A construção de sua imagem, com o apoio direto da expansão da religiosidade na humanidade – e estamos falando de todas as religiões, cada qual com o seu próprio profeta – fez com que esse sempre fosse entendido como um ser especial, possuidor de uma sabedoria em muito superior dos meros mortais.

No livro “O Profeta” – GIBRAN, Khalil – Ed. L&PM – Porto Alegre – 2009 – 128 págs. – fica clara esta relação direta entre o sábio e aqueles que buscam uma orientação. O autor, Khalil Gibran (1883-1931), libanês de nascimento, mas que percorreu diversos países em toda a sua vida, apresenta a estória de Mustafá, que após 12 anos em Orfalese, encontra-se prestes a partir. Porém, os cidadãos daquela cidade se reúnem, e um a um vão solicitando pérolas, o maior tesouro, suas palavras e sabedoria, sobre diversos aspectos da vida:

Amor
Casamento
Filhos
Doar
Comer e Beber
Trabalho
Alegria e Tristeza
Casa
Vestir
Comprar e Vender
Crime e Castigo
Leis
Liberdade
Razão e Paixão
Dor
Auto-Conhecimento
Ensinar
Amizade
Falar
Tempo
Bem e Mal
Prece
Prazer
Beleza
Religião
Morte

Se observarmos com atenção a seqüência de temas abordados perceberemos como o personagem-profeta foi delineando cada um destes pontos que envolvem a vida de todos nós, em cada uma de suas fases – nascer, crescer, multiplicar, envelhecer e morrer. Para cada uma delas temos que buscar a sabedoria de saber como vivenciá-las em sua plenitude.

O Líbano, terra de origem de Gibran, é pródiga para se falar em profetas. País dividido entre o Cristianismo e o Islamismo, possuidor de uma grande mesquita em Beirute, sua capital, ao lado de uma igreja católica, pode abraçar duas das religiões que possuem mais seguidores no planeta sem necessariamente se auto-destruir. A falência política da região, na qual se viu envolvido, mais se deveu a incursão de atores externos do que a própria capacidade de convivência inerente ao libanês. Nas ruas pode-se encontrar pessoas falando Inglês e Francês, além do Árabe, denotando ainda mais a característica inata de sobrevivência em meio à diversidade, algo que poucos em função dos conflitos militares que lá surgiram – eu incluído - poderiam imaginar.

Nesse sentido, a mensagem principal do livro me parece ser essa: tolerância. Entender o outro, compreender que visões distintas podem conviver plenamente sem que as pessoas se matem por discordar. A vida seria tão mais fácil assim, não nos parece óbvio? Ou como o próprio Mustafá fala logo no início do livro – “Povo de Orfalese, o que eu posso falar exceto do que ainda está se movendo dentro de vossas almas?”.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

FACEBOOK

Falar sobre algo que já está sedimentado como mais um dos fenômenos da internet é difícil. Ainda mais num blog, em que normalmente a maioria dos leitores possui alguma intimidade com ferramentas eletrônicas. Mas o Facebook (FB) é algo de tão impressionante força que é quase impossível resistir a comentá-lo. Para tanto o farei de uma posição intimista, colocando minhas experiências pessoais para com ele.

Curtir

Como um grande contingente, iniciei minha entrada nas chamadas “redes sociais” via Orkut. Porém com o advento do Facebook esta se demonstrou obsoleta em termos de ferramentas. Mas sou um sujeito conservador, e demorei um pouco para iniciar o meu trânsito com o novo instrumento. Somente após muitos convites resolvi entrar, e logo passei a dar prioridade a sua atualização em detrimento da antiga rede da qual era usuário.

Hoje em dia utilizo o Orkut apenas para o envio das chamadas para o blog, semanalmente. Nem mesmo faço mais a conferência e congratulações por datas comemorativas, as quais são recebidas por intermédio de notificações via e-mail diretas do Facebook, me facilitando assim tal tarefa. Aliás, acredito que se existe alguma vantagem midiática do FB sobre o Orkut é exatamente esta: sua objetividade na interação com o usuário, gerando respostas muito mais rapidamente. Desta forma a fidelização se consolida, e o internauta fica com aquele gosto de “quero mais” com maior voracidade e rapidez.

Qualquer semelhança com o processo psicológico gerado por drogas químicas não é mera coincidência, pois tanto estas como aquele são geradores de prazeres imediatistas. Cabe ao usuário, no caso do FB, saber como dosar para que tal vício não se torne algo pernicioso e estressante em sua vida. Eu próprio lido com isto fazendo uma consulta por dia, me concentrando mais nas reações geradas aos meus posts ou aos de amigos diretos, evitando ver e rever a página como um todo. Assim podemos efetivamente curtir esta nova coqueluche da internet.

Comentar

Com a multiplicação de usuários e o desenvolvimento de links diretos nas principais páginas de notícias da web, lançar comentários sobre temas de interesse se tornou muito mais fácil. É fato que no meu caso específico pouco utilizei tal função quando era usuário somente do Orkut, o que poderia me levar a uma leviandade em termos de comparação. Posso falar, apenas, que o seu uso no FB é muito fácil, no qual temos inclusive a possibilidade de decidir qual imagem seria associada aquele tema dentre as disponibilizada pelo próprio site de origem.

Além disso, o fato de sermos notificados por e-mail das reações aos nossos comentários propicia a possibilidade de uma interatividade contínua com aqueles selecionados em sua rede, mais uma vez gerando aquela dinâmica de satisfação permanente. Afinal de contas, o ser humano é ou não é um animal social, que gosta de se comunicar e trocar idéias? Porém, para aqueles que eram usuários do Orkut e que tinham por hábito competir para ver quem possuía mais seguidores, tal função poderia ser deveras preocupante, dado o grande volume de interatividade que poderia gerar. Mas como o próprio FB parece não estar preocupado a fomentar tal atitude, uma vez que não disponibiliza em sua página inicial o número de amigos vinculados, comentar foi mais um prazer descoberto.

Compartilhar

Compartilhar conhecimento e desejos é algo que é a mola mestra de quaisquer redes sociais eletrônicas. Por tudo que foi dito acima o FB alcança um nível de compartilhamento muito maior do que os experimentos anteriores similares – utilizo-o, por exemplo, para a divulgação dos posts do meu blog, com a possibilidade de verificação imediata de seu alcance em termos de popularidade via quantidade de compartilhamentos. O cuidado adicional é que tais redes passaram a ser mais do que uma reunião de amigos simplesmente, tornando-se até mesmo um cartão de visitas do usuário. Tem sido inclusive utilizada por empresas para verificar pensamentos e opiniões antecipadamente de eventuais candidatos a uma vaga de emprego, ou até mesmo dos empregados já efetivados. Desta forma a tendência é que caso o usuário opte por uma navegação mais restrita terá que partir para uma limitação ou definição de critérios rígidos para aqueles que entrarão na sua rede. Compartilhamento é bom, mas exposição tem limites.

A importância deste instrumento como canal de virtualização de convivência, elevando os graus de acessibilidade aos amigos que ora se encontram distantes é muito grande. A concentração de poder num único local – uma vez que há muito que informação virou sinônimo de poder – foi atrativo para Hollywood, gerando até mesmo um filme sobre sua criação, livros sobre seus efeitos, e artigos de revistas especializadas analisando seus atributos. O principal cuidado, que é comum quando do início de uso de quaisquer novidades eletrônicas, é verificar se estas estão sendo mais um canal de prazer saudável ao invés de mais um método de opressão psicológica na sociedade imediatista que vivemos. Afinal de contas, curtir, comentar e compartilhar deveria ser tão bom quanto comer, rezar e amar, como já diria Julia Roberts no papel de Elizabeth Gilbert.

Sugestões:

Leitura   – Revista Info – Ed. Abril – nº 300 - Fev/2011 - reportagem de capa: “A Invasão do Facebook”
                - “Comer, Rezar, Amar” – GILBERT, Elizabeth – Ed. Objetiva – 2008 – 399 págs.
                - “O Efeito Facebook: Os Bastidores da História da Empresa que Conecta o Mundo” – KIRKPATRICK, David T. – Ed. Intrínseca – 2011 – 392 págs.

Filmes  – “Comer, Rezar, Amar” (2010) – Elenco: Julia Roberts e Javier Bardem – Diretor: Ryan Murphy
                - “A Rede Social” (2010) – Elenco: Jesse Eisenberg e Andrew Garfield – Diretor: David Fincher