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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

OS PINGUINS

Muitos me questionaram desde o início do Leopideas do porquê da minha escolha como minha representação gráfica a imagem 3 (três) pingüins. Em verdade houve dois motivos, um de cunho prático e outro emotivo.

Quando adquiri o atual desktop em que vos escrevo essas linhas esta foi uma das imagens disponibilizadas no pacote do Tio Bill Gates. Não havia feito nenhuma busca na internet e considerei esta uma imagem adequada em função de demonstrar o “diálogo” entre três seres exatamente iguais.

O emotivo diz respeito a minha admiração pelos personagens do desenho animado da Dream Works, “Madagáscar”. O grupo de pingüins lá presente é de uma atuação e carisma tão grandes que acabou por ganhar uma série própria para a TV. Sua principal qualidade, a meu ver, são sua devoção em trabalhar em equipe, buscando sempre resolver de maneira conjunta as adversidades a que são expostos. E cada um dos membros tem sua função. O que essas razões dizem respeito a minha pessoa? Afinal, começamos este texto fazendo o link com a imagem dos pingüins ser vinculada ao do autor do blog.

Os Pinguins de Madagáscar, em sua versão MacDonald's

Se já não ficou óbvio, vou salientar: considero que o que mais falta no mundo hoje em dia é o diálogo. Vivemos numa sociedade em que a prevalência dos monólogos é fato. As pessoas não ouvem mais o que os demais têm a dizer, pensam que somente elas próprias têm razão em seu modo de pensar, fazendo ouvidos moucos para os argumentos dos seus semelhantes. A imagem dos pingüins, portanto, dialogando, representam uma qualidade que eu exalto a ser recuperada pela humanidade.

Quanto aos Pingüins de Madagáscar, como é formada a sua equipe:

Capitão – “calmo, inteligente e sempre com uma nova ordem na ponta da língua, ele comanda a tropa em cada missão”;

Rico – “especialista do time, ele se comunica principalmente por grunhidos. (...) Apaixonado por sua boneca (1), também tem um impressionante talento para pintar quadros”;

Recruta – “tem um talento único para quebrar códigos. Mesmo sendo o menos experiente dos quatro, este atrapalhado pingüim faz a diferença em todas as missões de que participa”;

Kowalski – “é o estrategista do grupo. Muito inteligente e um pouco ansioso, ele às vezes exagera ao analisar as situações que o grupo enfrenta”. (2)

Dessa maneira cada componente dessa microfauna representa o perfil de membros de diversas equipes que encontramos por aí em nossa vida profissional. Como funciona a contento, algum segredo devem ter. Senão, vejamos: um comandante calmo e inteligente, o que mais desejamos quando vamos para o nosso trabalho todo dia? Já os especialistas, em sua sabedoria, normalmente são avessos a dar muitas explicações sobre o que conhecem. E quando o fazem se expressam num dialeto que pouco conhecemos. Será que vocês identificaram algum colega, um especialista em informática, talvez?

Já os recrutas, estagiários, ou mesmo os mais novos membros da equipe muitas vezes compensam sua inexperiência com uma vitalidade, uma vontade enorme de contribuir, que ao final fazem a diferença no resultado alcançado. Por último, o analista, em sua ânsia por resolver os problemas e encontrar as soluções, é aquele que no ímpeto em querer ajudar algumas vezes se atrapalha ao não parar para avaliar possíveis alternativas geradas por outros membros da equipe. Mas se for devidamente gerenciado, seu foco e sua capacidade de análise são sempre muito úteis.

Para terminar, a palavra de uma fonte especializada sobre esta ave que possui 18 espécies, distribuídas em 6 gêneros:

“Nadam muito velozes, pulando fora da água e mergulhando feito delfins, deslizam pelas encostas geladas como se fossem trenós e passeiam eretos pelos gelos e pelas rochas, como se fossem pequenos homens de fraque. São os pingüins, curiosas aves marinhas que perderam a capacidade de voar, compensada largamente por uma adaptação perfeita à natação e à vida na água. (...) Vivem nos mares do hemisfério Sul e têm comportamento destacadamente social, mesmo fora dos períodos de reprodução, formando grandes colônias. (...) Foi através do pingüim-de-adélia (3) que se descobriram os hábitos nitidamente monogâmicos dos pingüins, que dificilmente trocam de companheiro após o primeiro acasalamento. Eles põem dois ovos por ano, que chocam no ninho, em revezamento – o comportamento típico da maioria dos pingüins”.
Fonte: “Zoo – o fantástico mundo animal” – Volume 2 – Rio Gráfica e Editora S/A – 1982 – Págs. 321-329.

Afinal, os pingüins são ou não são o que há?!

(1)    Para aqueles que não são apaixonados pelo desenho animado em questão, a boneca citada, no filme, é uma daquelas que dança hula-hula como reflexo ao som. Enfim, uma excentricidade típica de um especialista. Já na série para TV ela tem suas, digamos, "variáveis";
(2)    As descrições aqui apresentadas foram retiradas de material promocional distribuído pelo McDonald’s;
(3)    “De dimensões médias (cerca de 70 cm de altura), bico curto e ampla distribuição pelas costas da Antártida e pelas ilhas Órcadas e Shetland do Sul, o pingüim-de-adélia (Pygoscelis adeliae) foi até anos atrás a espécie mais abundante (e portanto mais estudada). Pertence, com o P. papua e o P. antarctica, igualmente distribuído pela Antártida, ao gênero Pygoscelis”. (Op. Cit. – pág. 324). Fora a nostalgia das aulas de biologia, este pingüim caso poderia ser chamado de Amélia ao invés de Adélia, não!?



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