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sexta-feira, 11 de maio de 2012

OS VINGADORES

A grande incógnita do aguardado filme “Os Vingadores” (2012) - http://www.adorocinema.com/filmes/filme-130440/ - tido como o ápice de uma estratégia bem sucedida de encadeamento de uma seqüência de estórias baseadas nos heróis da Marvel, para culminar com o encontro de uma parte deles num mesmo filme – o que se revelou um êxito de marketing, pela expectativa gerada – era como equilibrar tantos heróis num mesmo filme. Em resumo: o que não é novidade para qualquer pessoa que trafega no meio cinematográfico, o segredo do sucesso começa num bom roteiro.

Acreditamos que o desafio proposto foi vencido de maneira adequada. Teríamos que analisar, para se chegar a esta conclusão, cada um dos personagens e seu espaço de atuação. Então vamos a esta empreitada.

Gavião Arqueiro e Viúva Negra, vividos respectivamente por Jeremy Renner e Scarlet Johansson, tiveram momentos de protagonismo equilibrados com o que haviam tido anteriormente. Personagens secundários, de apoio aos heróis centrais, mantiveram o nível neste filme, em que pese sua importância relativa para o início da película – no caso do Gavião Arqueiro – e de cenas de destaque – em especial quando da entrada da Viúva Negra na trama e de seu diálogo com o vilão, Loki, irmão de Thor, estes dois personagens incorporados por sua vez por Tom Hiddleston e Chris Hemsworth.

No que diz respeito a estes dois últimos, interessante notar que pelo fato de ser o antagonista principal, Loki acabou ganhando maior destaque do que Thor, desta feita. Talvez isso possa ser debitado ao fato de que este último tenha tido que dividir o palco com outros tantos heróis, ao passo que aquele reinou absoluto em meio aos vilões. De toda forma já é sabida que a saga de Deus Nórdico terá uma seqüência independente (1), o que deverá equilibrar quaisquer vaidades atingidas.

O Capitão América fez um interessante contraponto, utilizando-se da defesa de seus valores e princípios – a mensagem é de que teriam sido herdados da época distinta vivida pelo herói (década de 40 do século passado) - em relação ao ar bonachão do Homem de Ferro. Se tornaram, assim, o eixo central da equipe. Chris Evans deve ter avaliado, de maneira inteligente, que caso conduzisse o personagem de modo suave, contracenando com o furacão Robert Downey Jr., somente teria a ganhar em termos de exposição no filme. Os comentários – ver link abaixo – do diretor Joss Whedon parecem confirmar esta teoria.

Dito isto, antecipo a minha conclusão sobre o destaque do filme, aquele herói que se tornou “o protagonista dos protagonistas”: o Homem de Ferro. A escolha me agradou particularmente. Sempre fui fã do estilo, por exemplo, do Homem Aranha nos quadrinhos. O herói das teias entremeia suas lutas com piadas de timing perfeito. E assim foi composto o Homem de Ferro para os cinemas. Em todos os filmes se caracterizou pelo bom humor e pela chacota em relação aos “valores altruísticos” que movem os típicos super-heróis “água com açúcar”, o que não deixa de trazer um pouco de realismo e humanidade para o personagem.

Por último, gostaria de destacar o que para mim foi a grande surpresa: o Hulk, que teve seu alter-ego, David Banner, vivido por Mark Ruffalo. A escolha do ator, já reconhecido por outros ótimos trabalhos no cinema (2), demonstrou-se acertada, dando o tom certo para um Banner por vezes contido por vezes sarcástico. Não sou muito adepto de inúmeras trocas de ator para um mesmo personagem – Banner já havia sido interpretado no cinema por Eric Bana (2003) e Edward Norton (2008) – mas desta vez espero que tenha continuidade – o que com certeza é compartilhado por todos os outros fãs da série Vingadores. Devo dizer ainda que o personagem computadorizado do gigante verde é responsável por três das cenas mais hilárias do filme. Mais que isso não posso dizer para não perder a graça.

Well, meus amigos, após essa longa explanação, acredito que realmente valeu a pena todo o esforço para assistir o filme – comprar o ingresso antecipado, me deslocar pós-trabalho em meio a uma chuva torrencial, enfrentar cinema lotado, etc. O filme divertiu, foi equilibrado em diversos pontos, e ainda deixou ganchos para mais alguns da série. Alvissareiras são as notícias dos contratos já firmados entre os atores e a Marvel, para novos episódios e novas produções. Os quadrinhos, por intermédio do cinema, resgatam assim aquele sentimento de menino, de infância, que todos nós gostamos de preservar. Avante, Vingadores!

(1)    http://www.adorocinema.com/filmes/filme-193108/ - o mais interessante desse fato é a confirmação da continuidade de Natalie Portman no elenco, mesmo após o Oscar por Cisne Negro (2011) - http://www.adorocinema.com/filmes/filme-125828/ ;
(2)    Somente para citar alguns – “Ilha do Medo” (2010), “Ensaio sobre a Cegueira” (2008) e “Códigos de Guerra” (2001), entre muitos outros – para mais detalhes ver http://www.adorocinema.com/personalidades/personalidade-25190/filmografia/ .

OBS.: Para ter conhecimento de toda a trajetória de construção dessa epopéia cinematográfica, no que diz respeito aos bastidores da produção - http://cinema.uol.com.br/ultnot/2012/04/26/presidente-da-marvel-explica-etapas-do-plano-de-cinco-anos-que-deu-em-os-vingadores.jhtm .

2 comentários:

  1. Acabei de assistir e concordo com muitos aspectos, principalmente que Mark Ruffallo foi não apenas um ótimo Hulk como também o melhor de todos!

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  2. Fala Leop! Estou sumido não é? Cara o filme foi ótimo. O roteiro pode não ser de um oscar, ou mesmo dos melhores filmes de quadrinhos já feios, mas com certeza foi perfeito par o objetivo da Marvel, de juntar os heróis, divertir e estimular.
    Abraços amigão.
    Paulo Barenco

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